Saiba a seguir se ocorrem alterações no silicone depois da amamentação e se a prótese mamária interfere na produção de leite materno
Uma dúvida comum que pode surgir antes da cirurgia plástica ou mesmo anos após a mamoplastia é se há prejuízos estéticos no silicone depois da amamentação e se é realmente possível amamentar com a prótese.
A mamoplastia de aumento é uma das cirurgias plásticas mais realizadas, com mais de 1,2 milhão de cirurgias anuais. Muitas dessas pacientes engravidam após a colocação do silicone e é então que surgem incertezas sobre o que acontece com o silicone depois da amamentação. Entenda mais a seguir.
Quem colocou silicone pode amamentar?
A primeira questão que surge na paciente que realizou uma mamoplastia de aumento e está planejando uma gestação ou descobriu-se grávida é se é possível amamentar com silicone. A resposta para este questionamento é sim.
Na maioria dos casos, a prótese de silicone não interfere na produção de leite ou na amamentação, pois ela é colocada de forma a preservar glândulas e ductos mamários, responsáveis pela produção e escoamento do leite materno.
Apesar disso, a técnica cirúrgica usada deve ser sempre considerada. O comprometimento das estruturas mamárias, interferindo na amamentação, é mais comum na mamoplastia redutora do que na colocação do implante.
Uma recomendação é avaliar a integridade da prótese, o que deve ser feito periodicamente independentemente da gestação, pois a ocorrência de infiltrações na prótese pode causar abcessos que, apesar de não prejudicar a amamentação, podem aumentar o receio materno.
Outros fatores que podem interferir na amamentação é se a incisão cirúrgica foi feita pela aréola, que pode ter a sensibilidade alterada, não comprometendo a amamentação em si, mas trazendo mudanças nas sensações desse momento.
Em caso de prótese de silicone muito grande, pode haver dificuldade do bebê na pega, sendo recomendado auxílio materno para facilitar esse momento.
O leite pode ter alteração por conta do silicone?
O silicone não interfere na produção, qualidade ou escoamento do leite, pois as estruturas mamárias são preservadas.
A produção de leite independe do tamanho dos seios e da presença de silicone. Algumas mulheres com implante mamário não têm leite, mas esse aspecto não está relacionado com a cirurgia das mamas.
Da mesma forma, não há alterações na qualidade do leite, uma vez que o silicone fica dentro de uma cápsula e não está solto no organismo da mulher.
Há alterações no silicone depois da amamentação?
Uma outra dúvida comum é sobre o silicone depois da amamentação, especialmente em relação a alterações na estética mamárias e segurança da prótese.
O que ocorre é que a amamentação expande as glândulas e ductos mamários para produção e passagem do leite, causando um aumento do volume mamário que, por sua vez, expande a pele. Esse processo é natural em todos os casos, independentemente da presença de silicone.
Quando a mulher para de amamentar, as glândulas e ductos retornam ao tamanho normal, de forma que a pele tende a se tornar mais flácida. Essa ocorrência, no entanto, não acontece com todas as mulheres e não tem relação com o silicone depois da amamentação.
Caso haja um crescimento demasiado dos seios durante a amamentação e isso cause uma flacidez incômoda, a paciente pode recorrer a uma cirurgia plástica para remoção do excesso de pele ou substituição da prótese por uma de volume maior, deixando a estética das mamas novamente como desejada.
Esse tipo de escolha, entretanto, deve ser considerada em conjunto com um cirurgião plástico de confiança, avaliando o nível de flacidez e qual abordagem faz mais sentido para os desejos da paciente e buscando informações adicionais sobre o silicone depois da amamentação.
Mas, como visto, o mais comum é que o aleitamento materno seja normal, mesmo com a prótese e que o silicone depois da amamentação não apresente alterações referentes à estética ou segurança.
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