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Cirurgia de ginecomastia: como é feita?

Cirurgia de ginecomastia: como é feita?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

A cirurgia de ginecomastia é uma opção de tratamento definitivo para o aumento das mamas em homens. Entenda quais são as indicações e como o procedimento é realizado.

A ginecomastia consiste no desenvolvimento excessivo de tecido mamário em homens, causando o aumento anormal das mamas. Uma das opções de tratamento é a cirurgia de ginecomastia.

Estima-se que a ginecomastia afete entre 5% e 9% dos homens no Brasil, sendo que a indicação do tratamento depende do nível de desconforto do paciente, grau e evolução do quadro. Entenda mais sobre a ginecomastia a seguir.

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Causas da ginecomastia

Enquanto a manifestação do quadro é sempre o crescimento mamário anormal em homens, as causas da ginecomastia podem ser variadas.

  • Desequilíbrio hormonal: a ginecomastia pode ocorrer quando há elevação nos níveis de estrogênio (hormônio feminino) em relação à testosterona (hormônio masculino), sendo uma das causas mais frequentes do quadro;
  • Medicamentos: o uso de alguns medicamentos, como antidepressivos e anti-hipertensivos podem desencadear o crescimento mamário;
  • Condições médicas: existem algumas patologias que podem causar ginecomastia como manifestação secundária, como alterações testiculares, hipotireoidismo, doenças hepáticas e renais e câncer de mama masculino.
  • Esteroides anabolizantes: associado ao desequilíbrio hormonal, o uso de esteroides anabolizantes pode desencadear o crescimento mamário em homens;
  • Obesidade: o excesso de gordura corporal pode causar alterações hormonais, como a elevação nos níveis de estrogênio e resultar no quadro de ginecomastia;
  • Exposição a produtos químicos: a exposição a produtos químicos ou algumas substâncias, como pesticidas, pode interferir no sistema endócrino e elevar as chances do problema.

Geralmente, o desenvolvimento da ginecomastia é mais comum na puberdade, devido às mudanças hormonais, e à medida que o homem envelhece, quando há redução dos níveis de testosterona.

A incidência da ginecomastia em bebês é elevada, ocorrendo em 30 a 60% dos meninos. Entretanto, esses casos devem-se à exposição ao estrogênio materno e, geralmente, desaparece normalmente a partir do segundo mês de vida.

Diagnóstico da ginecomastia

Apesar de a ginecomastia, geralmente, não ser prejudicial à saúde, ela pode causar insatisfação e desconforto estético, que motiva a busca por diagnóstico e tratamento.

O principal indicativo de ginecomastia é o aumento anormal da mama em homens, mas esse sintoma pode ser acompanhado de sensibilidade nas mamas, inchaço na região e assimetria entre as mamas.

Ao identificar essas alterações, é importante buscar auxílio especializado. O diagnóstico da ginecomastia é viável a partir de avaliação clínica e física, verificando histórico do paciente.

Em alguns casos, o especialista pode solicitar exames adicionais para determinar as causas da ginecomastia, como exame de sangue e ultrassom das mamas.

Confirmada a ginecomastia, o paciente pode escolher como prefere prosseguir. Uma vez que o quadro não apresenta riscos à saúde, trata-se de uma decisão individual.

Caso haja desconforto estético – que pode desencadear problemas emocionais e sociais, a depender do caso – o paciente pode ser orientado a realizar a cirurgia de ginecomastia.

Como é realizada a cirurgia de ginecomastia?

Quando o paciente decide pela cirurgia de ginecomastia, é avaliada quais as causas da ginecomastia e como o quadro se manifesta a fim de definir qual a melhor abordagem cirúrgica.

Independentemente da técnica usada na cirurgia de ginecomastia, o paciente deve realizar o pré-operatório como orientado pela equipe médica, o que inclui exames pré-cirúrgicos, interrupção de alguns tipos de medicamentos, interrupção de hábitos nocivos (como tabagismo, uso de esteroides ou drogas) e outras recomendações.

Ginecomastia lipossuctiva

Uma opção cirúrgica é a cirurgia de ginecomastia lipossuctiva. Nesse caso, é realizada a lipoaspiração para remoção do excesso de tecido mamário.

Essa técnica é indicada quando o aumento do tecido mamário se deve, majoritariamente, ao acúmulo de gordura e não tanto em decorrência do crescimento excessivo do tecido glandular.

Essa ocorrência é mais comum em casos nos quais a ginecomastia está associada a quadros de obesidade ou efeito sanfona.

Na ginecomastia lipossuctiva, são realizadas pequenas incisões na região e inserida a solução tumescente para descolar o tecido adiposo dos tecidos adjacentes. A gordura é então aspirada e descartada.

Como benefício, essa técnica é menos invasiva, resulta em cicatrizes pequenas e discretas e apresenta um período de recuperação menor.

Ginecomastia excisional

A ginecomastia excisional ou cirurgia de ressecção consiste na técnica cirúrgica indicada para casos relacionados ao crescimento excessivo do tecido glandular e não à gordura. Esse tipo de ginecomastia está relacionada aos distúrbios hormonais, seja pela puberdade, medicação ou exposição a agentes químicos.

Na cirurgia de ginecomastia excisional, são feitas incisões, geralmente, ao redor da aréola para remoção do tecido glandular excedente.

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Cirurgia combinada

A cirurgia de ginecomastia combinada consiste na realização conjunta da lipoaspiração, para remoção do tecido adiposo, e remoção das glândulas mamárias.

Assim, essa técnica cirúrgica é recomendada para pacientes nos quais o aumento das mamas está associado tanto à gordura como ao aumento das glândulas mamárias.

Como é a recuperação da cirurgia?

O pós-operatório da cirurgia de ginecomastia será orientado pelo cirurgião plástico responsável e depende diretamente da técnica cirúrgica utilizada. Alguns cuidados gerais incluem:

  • Repouso de cerca de 7 dias;
  • Usar tecido de compressão da região operada;
  • Não dormir de lado ou de bruços nas primeiras semanas;
  • Tomar a medicação prescrita pelo médico;
  • Higienizar as incisões e trocar os curativos, como orientado;
  • Não expor a região operada ao sol;
  • Não praticar atividades intensas ou levantamento de peso até liberação médica.

O pós-operatório da ginecomastia excisional pode ser mais desconfortável, entretanto, as indicações são as mesmas, sendo necessário apenas respeitar seu tempo de recuperação.

O acompanhamento médico pós-operatório é fundamental para monitoramento da evolução e melhora da cicatrização.

Quais são os possíveis riscos?

Apesar de ser um tratamento relativamente tranquilo e simples, qualquer cirurgia plástica envolve riscos. No caso da cirurgia de ginecomastia eles incluem:

  • Formação de seroma, hematomas e edemas;
  • Dor e desconforto físico;
  • Dormência e alterações temporárias na sensibilidade;
  • Infecções ou inflamações;
  • Má cicatrização e/ou cicatrizes inestéticas;
  • Assimetria das mamas;

Riscos mais graves, mas raros, incluem: necrose dos tecidos, trombose venosa profunda, danos a tecidos adjacentes e necessidade de novo procedimento cirúrgico.

Como orientado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), os riscos da cirurgia de ginecomastia devem ser apresentados ainda no pós-operatório e ponderados entre o cirurgião plástico e paciente a fim de uma decisão mais esclarecida e consciente.

Perguntas frequentes

Alguns pacientes ainda podem ter algumas dúvidas acerca da cirurgia de ginecomastia.

A ginecomastia pode voltar após a cirurgia?

Geralmente, quando bem indicada e executada, a ginecomastia não volta após a cirurgia. Entretanto, pode causar a reincidência do problema o ganho excessivo de peso e alterações hormonais significativas após o tratamento cirúrgico.

A partir de qual tamanho do tecido mamário é considerado ginecomastia?

Não se tem uma medida padronizada, sendo que a ginecomastia é considerada quando há o aumento da mama em homens e a cirurgia de ginecomastia é indicada se esse crescimento gerar desconforto ao paciente.

Onde realizar a cirurgia de ginecomastia?

A cirurgia de ginecomastia deve ser realizada por cirurgião plástico membro da SBCP e em ambiente hospitalar.

Em São Paulo, a Clínica Clincer conta com equipe multidisciplinar e infraestrutura adequada para avaliar, diagnosticar e conduzir a cirurgia de ginecomastia. Conheça nossa equipe e agende sua consulta aqui!

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Referência:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica